quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Acelaração do degelo na Antártida

INUNDAÇÕES ACELERAM DEGELO NA ANTÁRTIDA

Cientistas norte-americanos, descobriram que os lagos subterrâneos da Antártida são uma das causas do degelo deste continente, contribuindo para o aumento do nível das águas do mar. A água diminui a frIcção da base glaciar. Estudo revelado na revista “Nature Geoscience”

As inundações que ocorrem nos lagos debaixo da calote glaciar que cobre o continente antártico contribuem para acelerar o degelo e a elevação do nível do mar, segundo conclui um estudo publicado na revista Nature Geoscience.
Ao cientistas responsáveis pelo projecto, demonstraram que o degelo do glaciar Byrd, situado na zona este da Antártida, começou a derreter mais rapidamente depois de dois lagos debaixo do gelo terem ficado inundados. A rapidez do degelo do glaciar Byrd aumentou 10% entre 2005 e 2007 em relação à médias das décadas anteriores.
O início da aceleração aconteceu quando os dois lagos situados sob a calote glaciar de cerca de 200 km a montante de Byrd, se encheram com 1,7 km3 de água. Isto provocou uma grande inundação subterrânea.
“A água agiu como uma espécie de lubrificante, reduzindo a fricção na base glaciar a acelerando o degelo”, escreve Helen Fricker, do Instituto de Oceanografia Scripps, na Califórnia. O trabalho dos cientistas norte-americanos, indica que as correntes subterrâneas da Antártida devem ser tomadas em conta na dinâmica do gelo, principalmente na influência que esta tem no aumento do nível das águas do mar. Trabalhos anteriores mostraram que a água debaixo do gelo está a movimentar-se muito, mas o que ainda não se tinha compreendido era que esta água está a afectar o gelo. Não só se está a mover, mas a adição de uma pequena quantidade de água e uma mudança na lubrificação da camada de gelo do glaciar pode produzir alterações de grande escala.
Os cientistas têm conhecimento destes lagos subterrâneos há mais de 150 anos, apesar de em alguns locais o glaciar ter vários km de degelo, o conteúdo dos lagos mantém-se líquido devido a pontos quentes na rocha que está por baixo. Sempre se pensou que estes lagos estariam estagnados, contendo águas que permaneceriam inalteradas à milhões de anos, mas a verdade é que em 2005 descobriu-se que os níveis dos lagos mudavam rapidamente – eles enchem e esvaziam debaixo da camada de gelo.
Actualmente o nível do mar tem subido uma média de 3 mm/ano. Os estudos prevêem um aumento do nível do mar de 18 a 59 cm desde agora até 2100, não tendo em conta o comportamento futuro das calotes polares da Antártida e da Gronelândia.

Prof. Joaquim Cunha

Um comentário:

Anônimo disse...

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